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Gana busca ‘reforços’ naturalizados para a Copa do Mundo

Adversária de Portugal, Coreia do Sul e Uruguai na primeira fase, equipe africana poderá ter Iñaki Williams, Salissu, Lamptey e mais três novatos

A seleção de Gana, uma das cinco representantes da África na Copa do Mundo do Catar, terá novidades para a disputa do torneio, do qual integra o grupo H, ao lado de Portugal, Uruguai e Coreia do Sul. A federação local anunciou nesta semana que seis atletas que possuem dupla nacionalidade optaram por representar o país africano. O destaque ficou por conta do atacante Iñaki Williams, artilheiro do Athletic Bilbao, com passagens pelas seleções de base da Espanha.

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Filho de pai ganês e mãe liberiana, Williams, de 28 anos, nasceu em Bilbao e por isso atua no Athletic, clube que só admite a presença de jogadores nascidos na região do País Basco e tem dupla nacionalidade (espanhola e ganesa). Ele chegou a disputar um jogo pela seleção espanhola adulta, um amistoso diante da Bósnia, em 2016, mas como nunca realizou uma partida oficial, está apto a servir Gana no Mundial.

Iñaki Williams tomou a decisão depois de passar férias em Acra com os familiares e de conversar com representantes da Ghana Football Association (Associação de Futebol de Gana), que anunciou a novidade com entusiasmo nas redes sociais.

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Iñaki justificou a escolha em uma publicação no Instagram. “Cada passo tem seu próprio significado. Uma evolução. Um olhar para o futuro que deixa um rastro em si. Um legado. Meus pais me criaram com valores baseados em humildade, respeito e amor. Eles me ensinaram a abraçar a vida. Nessa busca constante de continuar crescendo e trabalhando na busca de evoluir pessoal e profissionalmente como indivíduo. É por isso que sinto que o momento chegou para mim de encontrar minhas origens dentro de mim mesmo e com a África e com Gana, o que significa muito para mim e para minha família”, escreveu.

“Quero devolver uma parte de tudo que nos foi dado porque Gana teve um papel significativo em me tornar quem eu sou como pessoa, como filho e como irmão. Hoje um novo desafio começa. De agora em diante, irei defenderei a camisa de Gana com toda minha vontade e darei o meu melhor. Sou uma das Estrelas Negras”, completou.

A busca por “reforços” das Estrelas Negras não parou por aí.  O presidente da federação, Kurt Edwin Simeon-Okraku, revelou que outros cinco atletas de ascendência ganesa estão elegíveis para servir a seleção. São eles: Mohammed Salisu, Tariq Lamptey, Stephan Ambrosius, Patrick Pfeffer e Ransford Yeboah.

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Mohammed Salisu, de 22 anos, é zagueiro do Southampton e o único a ter efetivamente nascido em Gana. Ele já havia sido chamado anos atrás, mas não se apresentou alegando lesões. Depois, negou outras convocações dizendo que preferia focar em sua carreira de clubes, até finalmente aceitar o convite da federação, às vésperas da Copa.

Tariq Lampton, por sua vez, tem 21 anos, nasceu em Hillingdon, na Inglaterra, e é ala-direito do Brighton. Ambrosius, de 23 anos, nasceu em Hamburgo e defende a equipe alemã homônima. Ele chegou a defender as seleções de base do país europeu, mas é outro que já foi anunciado oficialmente como elegível por Gana.

Completam a lista Patrick Pfeffer e Ransford Yeboah, ambos nascidos na Alemanha. Agora, a decisão sobre a convocação dos atletas está nas mãos do técnico Otto Addo, que pode testá-los em jogo das Eliminatórias da Copa Africana de Nações, em setembro, contra Angola.

A naturalização dos atletas causou controvérsia e dividiu opiniões até mesmo entre os ganeses. De acordo com o site local Ghana Web, as “contratações” de Iñaki Williams e Mohammed Salisu foram as que mais entusiasmaram os torcedores. Muitos internautas, no entanto, consideraram que não será justo que atletas que não participaram da campanha nas Eliminatórias Africanas tomem o lugar de jogadores que levaram o time ao Catar. A lista final só será conhecida no fim do ano.  Gana estreia na Copa do Mundo no dia 24 de novembro, diante de Portugal.

 

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